segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alma Clara


Clara
Solar
Vento
Raio
Ver surgir voz vibrante
Solar...
Conhecer de ouvir falar
Clara
Surgir do vento
Como um raio
Vento do norte
Raio de sol


Carinhosamente de Cynthia Nov/05



Maria...
Cheia de graça,
Cheia de encantos...
Clara...no nome
Clara na pele
Alva na alma
De olhar brilhante
Cativante
Sorriso branco
Fala doce...
Há tão pouco a conheci...
Mas tantas saudades vou sentir!

Carinhosamente da sua eterna professora Betinha 18-05-07


Eterno Loiço


Para um tio muito mais que um tio

Que muitas vezes representou um pai,recebendo cartinhas e lembrancinhas feitas na escola nos vários meses de Agosto.
Para um tio que muitas vezes deu-me seus ombros para que eu lá de cima,enxergasse todos do tamanho que realmente são(nunca maiores do que eu ou menores)...Para um tio que nunca me deixou na mão,para um tio que definitivamente "nunca soltou as minhas mãos"...És o loiço mais elegante,um churrasqueiro de mão cheia(é capaz de construir uma grande historia de amizade arremessando linguiças nas costelas alheias)...Tem alma bondosa,abriga generosidade nas mãos...És meu eterno cúmplice,pois tantos amores de verão,era você que os guardava em forma de segredo.Tudo bem que as vezes ria das minhas escolhas(muito peculiares diremos assim).Sinto a pessoa mais querida quando tenho que sair por ai "desfilando" ao seu lado,ou até mesmo de mãos dadas.Tio são grandes e marcantes lembranças...Aproveito e peço -lhe perdão por não ter continuado ai com você,mais entende que minha vida prosseguiu aqui longe de todos..A saudade...a ordinária e frequente saudade...é ela que me atormenta...Agradeço Tio por tudo que me ensinastes e por ter entrando na minha vida !Te amo muito!Ass:Sua filha Clara!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Alcance




(Tributo a Shá-Cleber)


Em meio soluços
pensamentos
apertos no coração
tendo entender tamanha loucura, desilusão

Penso,penso,penso
e não chego a conclusão
é hora de esquecer a ilusão
e lembrar de que nada foi em vão

É forte a lembrança
que em nós você plantou
É forte o amor
Que você se dedicou

Ficarás vivo em nossas almas
Pois com você aprendemos
Que o amor mesmo dolorido
Pode sim ser verdadeiro

É triste dizer adeus
É triste não mais lhe avistar
é triste sua voz não mais escutar
É triste seus braços minha mão não alcançar

Estarás embutido
em cada canto
cada sorriso
e jamais em meu pranto!

Adeus mais uma vez
Espero poder te abraçar um dia
Espero poder cantar
E ler palavras dóceis,assim espero,espero ao eterno...


Que Deus guarde esse "velho amigo velho" a esse "preto safado"(como vc se auto rotulava) ...Adeus Shá!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Menino João


(Canção para o menino João Antônio)


Que falta faz
suas gargalhadas causadas pelas minha cócegas
que falta faz
nossos medos em comuns

Que falta faz
as enumeras aeronaves construídas
que falta faz
as barracas de pano estendidas

Que falta faz
o choro de uma despedida
que falta faz
aquele nó na garganta que senti com a sua partida

Que falta faz
minha vida com você
que falta faz
a coragem desesperadora de te ver

Fique assim para o sempre
Não cresças menino João
Para sua inocência conservar
Não cresças nunca não

domingo, 14 de junho de 2009

Placebo


Mancebo,escute-me mais uma vez!
Sei que já é tarde,a madrugada já se faz presente
Tão tarde,que o único som que escutas,é o do vazio


O vazio gritante,escandalosamente entoando insanidade
Mas escute-me,nem que sejas a última vez!
Sei que és um efebo,em sintonia com aprendizagem



Audaciosamente faço meu apelo
Paradoxo que faz o tardar se passar por cedo
não se deixe entorpecer,
como em um efeito de um placebo
Não o deixes,que logo o percebo


E agora eis de envolver
Sobre uma mortalha, qualquer gesto cheio de trepidação
Não se jogue no abismo torvo mais uma vez
Mostre-me aqueles olhos cheio de emoção


Sem escrúpulos direi
Renda-se às culminâncias da alegria
Não se engane
Idolatre o dia
Olhe para si,é em você que ele se faz moradia




sábado, 13 de junho de 2009

Um adeus



Triste despedida
Em volta a sua sombra se lançava em um clarão
regia os pássaros em uma fúnebre canção.
Despediu-se

A saudade,a dolorosa saudade
Me fez recordar rapidamente dos seus olhos
Seu sorriso contagiante
Mas agora você se foi,fostes sem mim


Então resolvi meu caminho trilhar
cantado a canção que sem você aprendi
Longo espaço para sem sua presença ocupar
Com o intuito de outros olhos,encontrar


Foi ai que as lágrimas se tornaram cifras que me propuseram a seguir
Noutrora serás feliz ...
Noutrora ...



Cada vez mais pensante vejo como se abateu
Peço mais uma vez,que não se vá como a ave de rapina
Jamais me digne seu adeus

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Dama



A pureza de uma meiga dama
enobrecia o corajoso cavaleiro
e com dois corpos
se formaram um


Os vapores da fina bebida
quente e amarga
secavam seus lábios
ávidos ,desesperados


Lançou fogo das artérias
enalteceu doce paixão
fez desejo sólido em vapor se transformar
como em um estado de sublimação


Cavaleiro e dama
se eternizaram em apaixonantes caminhadas
Felizes para sempre
como em um ingénuo conto de fadas


Beira do rio


Lá se vai
triste senhora
O velho rio
enamorar


Com seu banquinho fraco
Perdia-se na pura vastidão
De águas longas
Intermináveis


Já é tarde
Já se foi
Aquela senhora com o olhar triste
Vendo o rio descer


Que tristeza,com razão
Afaga aquele fraco coração
desiludida foi-se embora
em busca de outra vastidão

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lábios


O vermelho daqueles lábios
que um dia sonhei
Quando em contato com os meus
os lábios que nunca beijei


Esquecerei rapidamente
O beijo que não dei
O pesadelo mais triste
Os lábios que nunca provei


De um pesadelo
acordei
Quando logo percebi
Os lábios que eu inventei

Amordaçado


Varei a madrugada folheando livros antigos
Mas um em especial me roubou a atenção
Na última página,encontrei seu nome
Uma flecha em um coração


Lembrei de um amor adormecido
sem sentido,egocêntrico
preso e amordaçado
por não ser correspondido


O algemei em um castelo
Tive medo de chegar
Palavras morriam antes de serem ditas
incontido de coragem,não veio pra ficar


Quem fostes antes de mim?
Que sois depois de você?
Eu sempre perguntei
Mais hoje sei por que o amordacei.


Então tentei cantar
Mais o canto não saiu
Tentei desenhar
Mas a ponta do lápis falhou

Tentei tocar
Mas a corda do violão arrebentou
Tentei pensar
Mas meu pensamento em ti ficou

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ouça

(Canção para Will)

Este seu canto que me serve de ninar
Faz transformar ténue a distância interminável
Quero contigo está
E na sua doce voz me amparar


Meu doce anjo
Faz-me dormir
Vem me ninar
Deixe-me a sua voz escutar


Mesmo sem te ver
Dá pra notar
O mundo quer me entorpecer
Mais sua voz em mim entoada não deixa isso acontecer


Preciso-lhe
como quem está sob o mar
Precisa de ar
Para voltar a nadar!


E como um andarilho
almeja um ponto de chegada
meu doce anjo
almejo a sua voz para minha eterna caminhada!

Mais um *Tico* por favor


(Para Francisco Lopes-Tico)


Antes que o sol faça morada nos montes claros
De pé ele já se coloca!
Antes mesmo do padeiro
Antes mesmo do entregador de jornais!


Zanza pelo quintal
Conta casos para os cachorros
Canta cantigas de acordar para os pássaros
com os pés no chão para sentir o calor da manhã


Dizem por ai
que és uma alma em movimento
Brinca com os acordes
Jaz com a escuridão,presenteia-nos com sua luz


Pronto! Já é de se alcançar o sol
O padeiro já soou a buzina
O entregador de jornais,já fez um de seus arremessos
Mais ele continua a cantar


És o "tico" mais "muito"
És o amargo mais doce
És a cantiga que soa
És a dança que puro lhe representa


O dia se consome
E ele ainda esta por lá
Movimentando a sua alma
Pondo-se a cantar!

domingo, 7 de junho de 2009

Foi-se com o outono


O sentimento cresce,oscila
Fugindo com o que ainda resta de razão
Sim meu querido
Outono irá chegar


As folhas cinzas traram
sequidão,razão
Ora,faça me o favor
Não outorguei esse amor!


Quem sabe em uma outra manhã
Você enlouquecidamente
trará o inverno sorridente tentando fingir
esse amor que deveras sente!

sábado, 6 de junho de 2009

Alheio


O frio invade
trazendo o alheio do poeta
como luzes incandescentes
trazem devaneios triunfantes

Na beleza poderei cantar
Todo mistério desvendar
todo amor contemplar
E audaciosamente anexar

Palavras sem nenhum fundamento
quero voar
antes de tudo acabar
antes de tudo desmoronar

Amarga volta



Oh dor lamentável
não a quero mais aqui
Me despeço de você
Avisa que me entrego!

Esqueço todo o gélido frio da vaidade
Que me enche de orgulho
E que a tanto tempo corrompeu a minha vontade de me entregar!
Avisa que me entrego

Sem medo,sem mais demandas!
Avisa que me entrego
Entrego-me a você oh minha cidadela!
Com a loucura da vontade

Hoje sei,isso tudo é saudade
Quero viver,sei que não é tarde
Sendo assim,oh meu amado!
Aviso que me rendo

A esse tão forte amor
Agora almejo você,almejo o "nós"
Adeus mágoas...
Adeus utopia...

Última batida


Serei teu companheiro
Quero estar ao seu lado
É isso que almejo
Disse o coração apaixonado


Assustei com tamanha declaração
E na sua batida mais frenética me contou
Que não era um coração apaixonado
Mas,um coração despedeçado


Chorei então em saber
Que por amar alguem tão loucamente
Sofreu como jamais
Era o meu amor que ele desejava de presente


Mas como pode um coração morrer de amor?
Se a graças infinitas?
Ele então respondeu-me
De amor não morro jamais

Na sua última batida
Susurrou baixinho
De amor não morro jamais
Mas seu desprezo,a morte me traz e a torna capaz!

Procura-se


Hoje por ai andei
Procurei por uma tarde me encontrar
E então sonolenta fiquei
após não me achar
Me procurei na velhinha
que para mostrar "juventude"atravessava a rua sem ajuda de ninguém
Me procurei na mãe desnaturada que passeava com seu filho exposto ao Sol
Me procurei no motorista apressado,que se não fosse aquele guarda
outro acidente teria causado
Me procurei no beijo do casal apaixonado
Hoje por ai andei
Procurei por uma tarde me encontrar
E então sonolenta fiquei
após descobrir que hoje sequer acordei

Um certo conto de fadas


Certa vez,uma menina diferente pôs se aproximar
Alienada como todo o sempre,sua boca começou a falar
Eu sem nem mesmo lutar
coloquei meus ouvidos a trabalhar
E sua historia comecei a escutar
Ela era de um reino distante,vejam que historia intrigante:
Suas mãos tremiam como alguém que temia
Pedi que se tranquilizasse
Ela então se acalmou e pra mim sua historia relatou
Me contou que por ai andou
Mas nada encontrou
Me contou que seu humano não mais a alertava
E que só de passagem estava por ali
Não era de se estranhar,isso logo percebi
Os seus olhos não piscavam
Sua cor branca como pasta de dente
Seus cabelos não nasciam periodicamente
Logo calou-se ,e até hoje tal mistério não pude desvendar
Se a doce menina,logo pôs se a voar!